Sempre acreditei que a única forma de cada um de nós mudar o mundo, o nosso mundo, é através de atos aleatórios de bondade. Todos nós podemos ajudar com um único sorriso que pode encorajar alguém, ou uma pequena ajuda aos sem-abrigo que encontramos todos os dias. Mas essa história não é sobre os meus atos aleatórios de bondade, mas um ato incrível de alguém que não tinha nada de material para dar ou partilhar e, no entanto, mostrou-me o maior exemplo de uma vida.
Uma vez, no meu caminho de volta a casa do trabalho, eu estava particularmente feliz. Um sem-abrigo aproximou-se na rua e pediu-me alguns trocos. Como eu estava tão grata nesse dia, decidi dar-lhe todas as moedas que tinha, e que honestamente não precisava. O homem sorriu e ficou muito surpreendido com a quantia, tão fora do seu habitual. Em vez de simplesmente agradecer-me e seguir o seu caminho, o homem, que eu vergonhosamente não sei o nome, tentou agradecer-me não com palavras, ou com um sorriso caloroso, mas com a única coisa que ele tinha: o seu guarda-chuva! Fiquei admirada, a minha frente estava um homem com “nada” e que por gratidão estava disposto a dar-me a única coisa que o mantinha seco da constante chuva holandesa! Educadamente rejeitei, já tinha o meu próprio guarda-chuva e ele precisava muito mais do que eu. Não foi fácil convencê-lo sem ofender o seu ato tão incrível e corajoso, mas ele aceitou no final, novamente com o mais grato sorriso que alguma vez recebi.
Foi a primeira vez que presenciei um verdadeiro ato de generosidade e bondade para além das palavras! Isso só prova que a verdadeira compaixão é quando partilhamos o que temos e precisamos, e não apenas aquilo que nos resta!
Eli de Lemos
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