O julgamento não é mais do que um vício mental. E como todos os vícios, esconde as nossas fragilidades e inseguranças. Mais uma evidência do Medo pela diferença, das capacidades dos outros e até de nós próprios.

 

É de vital importância questionar tudo, cada atitude, cada pensamento, pois é na sua origem que se esconde a Verdade, o que nos move interiormente. Julgarmos os outros, nada tem a ver com o comportamento alheio, mas sim com o nosso estado interior. Julgamos porque pensamos com a mente racional e não com o Coração Mente. Julgamos porque temos medo, por nos sentirmos confrontados, porque não nos aceitamos como somos, porque não temos a coragem de ser melhor. O facto de não admitirmos as nossas “falhas”, torna-nos na maioria das vezes o carrasco dos outros.

 

Como se diz popularmente “a mentira tem perna curta”. Podemos brincar às escondidas com a realidade de como somos, mas eis que verdade não perdoa, e reflete-se em todos com quem nos cruzamos. Por isso julgamos. Julgamos os outros sem compreender que estamos apenas a julgar um reflexo de nós próprios.

 

Cada qual é como é! Cada pessoa comete os seus erros e aprende por si mesma, pelas consequências das suas ações e pensamentos. E é única e exclusivamente responsabilidade de cada ser, a sua mudança e evolução. Chama-se Livre Arbítrio. Não há outra realidade.

 

Muitos argumentariam que o ato de julgar o próximo é para o seu bem. Mas o maior bem que podemos fazer pelos outros é aceitá-los como são e amá-los mesmo que imperfeitos. Afinal, não somos todos imperfeitos e suscetíveis a erros?

 

A Paciência, a Humildade, a Compaixão, são as maiores lições dos seres mais sábios, que aceitam, e compreendem a origem das “falhas” humanas, como aprendizagens em benefício do melhoramento do Ser.

 

“De sábios e loucos, todos nós temos um pouco”, resta-nos explorar essas virtudes!

 

Eli de Lemos

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